Dia internacional da mulher batalhadora

8 de março, data de reflexão sobre igualdade de gênero, mas também de oportunidades

Neste 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres, a equipe do  Instituto Adolpho Bauer reverencia às mulheres que lutam, ousam e sonham. A data é símbolo da luta feminina contra todas as formas de violência, opressão, preconceitos e  abusos  cometidos contra as mulheres. Também é  de reflexão profunda sobre o papel da mulher trabalhadora, batalhadora – de todas as categoriais profissionais. A atuação em casa, nas universidades, nos sindicatos, nos hospitais, nas escolas, nas pesquisas científicas, no poder público e em tantos outros espaços, é fundamental  para o desenvolvimento do país.

A construção de uma sociedade mais justa e igualitária necessita de um amplo diálogo com as mulheres. Mulheres são realizadoras de obras fundamentais à família e à vida coletiva. Elas constroem, estruturam e muitas delas são pilares de vários lares brasileiros, como mostra a  Pesquisa Nacional sobre o Perfil dos Afroempreendedores do Projeto Brasil Afroempreendedor, realizada pelos professores Erni Seibel e Jacques Mick, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina.

O levantamento quali-quantitativo, que  teve por objetivo monitorar os empreendimentos de micro e pequenas empresas e empreendedores individuais afro-brasileiros participantes do PBAE, aponta a mulher  como a maioria responsável por uma variedade de negócios. De um total de  quase 400 respondentes, 59% são mulheres que  atuam em ramos significativos como  serviços (42,4%), comércio (29,7%), lúdico-cultural (13%), indústria (2,9%) e construção (1,6%).

No entanto, segundo  explica o  professor  Mick, dos que estão no projeto, 77,6% têm mais de uma fonte de renda por família, mas as mulheres são triplamente afetadas pelo contexto – como mulheres, como negras e como pobres.  Nesse sentido, os dados expõem as desigualdades: entre homens, a presença percentual de renda acima de cinco mínimos cresce continuamente até a faixa acima de dez mínimos. Entre as mulheres, é o oposto que ocorre: elas predominam nas faixas até três mínimos.

Observar as desigualdades de renda das mulheres é compreender que elas têm muitos a nos dizer. Ouvi-las  é muito mais que reconhecer a importância da melhoria das condições de trabalho. É colaborar efetivamente para a ampliação dos seus direitos. É estar unido na luta para fazer valer as leis, tratados e convenções nacionais e internacionais. É  contribuir, de fato, para reduzir as desigualdades de gênero, classe e raça, pois, como disse a  vencedora do Emmy de melhor atriz em drama em 2015, Viola Davis, a única coisa que diferencia as mulheres de qualquer outra pessoa é a oportunidade.  Que as melhores oportunidades alcancem cada vez mais a todas as mulheres brasileiras.

Equipe do Instituto Adolplho Bauer

Compartilhe!

Deixe o seu comentário, queremos ouvir você