A cor do trabalho

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A história, formação e desenvolvimento dos empreendedores negros, assim como sua contribuição para o mundo do trabalho na Bahia, são as linhas mestras do documentário ‘A Cor do Trabalho’, uma realização da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) em parceria com o cineasta baiano Antonio Olavo. A sessão de lançamento, aberta ao público, será na próxima sexta-feira (12), às 19h, no auditório da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no bairro do Cabula, em Salvador.

A longa metragem conta a história do trabalho negro na Bahia desde o tempo da escravatura até os dias atuais. “O objetivo é mostrar, realmente, como a educação pode ajudar na ascensão do negro na sociedade”, explica Antonio Olavo. Ele informa ainda que o documentário traz experiências vitoriosas de negros e negras que, ao longo dos séculos, romperam com o estigma do preconceito racial e, por meio da educação ou da abertura de negócios próprios, tiveram êxito em sua trajetória profissional.

Poder transformador

Para o secretário estadual do Trabalho e Esporte, Nilton Vasconcelos, “o documentário registra como a união entre a solidariedade e o trabalho constituiu uma força com o poder de transformar histórias e vidas da população negra na Bahia, tornando positivas as suas vivências, superando as adversidades e servindo de exemplos e referências para as gerações posteriores”.

A Cor do Trabalho é parte de um conjunto de ações desenvolvidas pela Setre desde 2007, entre as quais o Edital de Apoio à Economia Solidária de Matriz Africana, cujo objetivo é fortalecer e valorizar, de forma permanente, as raízes históricas do povo negro, nos aspectos sociais, econômicos, culturais, étnicos, religiosos e políticos.

Educação

A Cor do Trabalho deixa clara a importância da educação na ascensão social e traz depoimentos de personalidades negras que se destacam na sociedade como médicos, políticos, artistas, advogados e antropólogos. E de celebridades como a cantora Margareth Menezes, Clarindo Silva, Vovô do Ilê e João Jorge do Olodum. Todos contam histórias de como venceram em suas atividades profissionais. Antonio Olavo destaca também que o filme mostra que “a educação e a qualificação profissional melhoram a maneira de se enfrentar a desigualdade social”.

O documentário A Cor do Trabalho não tem cunho comercial, tendo como público principal estudantes de escolas públicas do estado formados, majoritariamente, por jovens negros e negras. As exibições do documentário sempre terão acesso livre ao público e três mil cópias serão doadas para bibliotecas, instituições públicas culturais, entidades negras e todas as escolas dos ensino fundamental, médio e superior da rede pública da Bahia.

Comunidades quilombolas

Durante a realização das filmagens, Antonio Olavo percorreu várias comunidades quilombolas, visitando 32 Empreendimentos Econômicos e Solidários (EES) e registrando experiências do povo negro em Salvador e no interior baiano. “Este documentário é um resgate e foi importante para mapear as atividades dos negros em todo o Estado”, justificou.

Com informações da Setre

Fonte: Secretaria de Promoção na Igualdade Racial – Governo do Estado da Bahia

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