Intenção é atingir marca de um milhão de empreendedores nos três primeiros anos da Rede

Desafios para o empreendedorismo negro

Consolidação da Rede Brasil Afroempreendedor e extensão para todo o País são as principais metas para a continuidade de políticas públicas para o afroempreendedorismo.

Como projeto piloto, uma das primeiras tarefas da equipe do Projeto Brasil Afroempreendedor foi conhecer o universo sobre o qual seriam desenvolvidas as ações. “Por isso, realizamos os seminários, envolvemos parceiros e mais de 1.500 participantes, e publicamos o livro Desenvolvimento e Empreendedorismo Afro-Brasileiro – Perspectivas para o Século XXI, uma provocação à reflexão, para apresentar de forma mais objetiva os desafios e o necessário enfrentamento teórico-metodológico das dificuldades que o País e a sociedade brasileira têm de compreender o racismo na esteira do desenvolvimento nacional”, lembra o coordenador executivo do projeto, João Carlos Nogueira.

A proposta de constituir a Rede Brasil Afroempreendedor está na origem do projeto piloto, como resposta ao processo organizativo. Paralelamente à transposição dos primeiros obstáculos, houve uma articulação intensa não só dos parceiros institucionais, mas também dos que foram agregados nessa primeira fase nos estados, na realização da oficina nacional, na instituição do Comitê Gestor, nas articulações com os governos locais, estaduais e nacional. Esse movimento deu densidade às ações do projeto. “Hoje é possível falar em empreendedorismo afro-brasileiro, numa perspectiva de enfrentamento do racismo no desenvolvimento nacional”, afirma o coordenador institucional
do PBAE, Adilton de Paula.

Metas

A Rede Brasil Afroempreendedor deverá abranger os 26 estados e o Distrito Federal, estruturando-se para ser um projeto nacional em rede. “Passamos a meta dos 1.200 afroempreendedores previstos. É a primeira experiência no Brasil com esse formato, acompanhando 500 planos de negócios de forma permanente, articulada e cotidiana”. Segundo o coordenador executivo, a partir de fevereiro de 2016 o Brasil Afroempreendedor, estruturado na Rede Brasil Afroampreendedor, terá como principal estratégia a ação de estabelecer um diálogo de execução não mais de um projeto, mas de uma política que atenda a todos os estados, com formação, capacitação e articulação dos afroempreendedores nos estados, e a consolidação da Rede.

A estrutura nacional da rede foi aprovada em Assembleia Geral no dia 13 de dezembro de 2015, quando elegeu a sua primeira Diretoria, o Conselho Diretivo e aprovou o Estatuto, que prevê uma Estrutura de Funcionamento, com Coordenação Geral e uma equipe técnica. A Rede pretende abrigar os milhares de afroempreendedores que a ela aderirem, como outras redes de negócios, redes empresariais, sociais e todo tipo de iniciativas afro-brasileiras. Segundo Adilton, a meta é atingir um milhão de associados nos primeiros anos. Meta arrojada? De acordo com ele, não, levando em consideração um universo que pode chegar a mais de 12 milhões de empreendedores negros e negras.

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