Dia da Contabilidade

Dia da Contabilidade: mais de nove décadas de conquistas e evolução

O Instituto Adolpho Bauer rende suas homenagens aos mais de 540 mil profissionais da Contabilidade de todo o Brasil, que atuam com uma conduta sempre pautada pela competência e responsabilidade, com a certeza de que muito ainda têm a contribuir para um País mais desenvolvido, justo e transparente.

Dia 25 de abril, a Contabilidade brasileira estará em festa. O motivo? A comemoração de mais um Dia do Profissional da Contabilidade. Importante destacar que esta é a 92ª vez que a data é festejada, desde que foi instituída pelo senador Contador João Lyra Tavares, em 1926. Em seu discurso, na época, ele propôs a regulação da Contabilidade como profissão e as técnicas e ensinamentos dos conceitos contábeis. Com triunfo, seus propósitos foram assimilados, já que o Decreto nº 17.329/1926 foi estabelecido, dando início à fundação da Escola de Comércio no Brasil e, por seguimento, a educação contabilística.

No decorrer destas nove décadas, a profissão de Contador cresceu tanto que hoje agrega mais de 540 mil profissionais em todo o país. Eles estão em todas as partes, seja nos escritórios, nas empresas privadas, nos governos, no terceiro setor, nas auditorias, na perícia, nas faculdades… No planejamento estratégico, na tomada de decisão, nos investimentos, na contratação de pessoal, na apuração de impostos, e também quando o assunto é lucro ou prejuízo. Hoje é muito difícil imaginar um negócio sem um Contador.

A profissão antigamente

Outro fato que é preciso salientar é que, apesar do Dia do Contabilista ter “somente” 94 anos, os primeiros registros contábeis são datados de cerca de 8.000 anos antes de Cristo. No Brasil, entres os anos 1950 e 1960, o Contador era conhecido como “guarda-livros”, isto porque a função do profissional da época estava totalmente atrelada a escriturar e manter em boa ordem os livros mercantis. O trabalho era mecanicista e exigia bem pouca especialização.

Com o passar do tempo, na década de 1980 começaram a surgir os primeiros micro-computadores. Ali a Contabilidade, os profissionais que nelas atuam e os escritórios contábeis começaram a dar um “salto” para o futuro.

Nos anos 1990, teve início a troca de informações e exatidão nos números. Era o fim das pilhas de papeis sobre a mesa e o começo dos Sistemas de Gestão de Empresas, que oferecia à Contabilidade mais importância estratégica no dia a dia das empresas de todos os portes e segmentos.

Paralelamente, a Contabilidade sentiu o impacto da evolução tecnológica. De um lado, o fisco começou a se autoaprimorar muito, criando um “super sistema” de inteligência, capaz de fazer um verdadeiro Big Brother fiscal e tributário nas contas das empresas. Aí nascia o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED, bem como todas as suas frentes, e a informatização de todas as prestações de contas. Romperam-se os limites das dificuldades dos cálculos, e a exatidão dos números ficou sendo a palavra da vez. Qualquer informação falsa ou inconsistente tornou-se motivo para pesadas multas.

Se o sistema contábil atual se beneficia dos recursos e das novas técnicas informativas, como é o caso da utilização do Certificado Digital – que trouxe autenticidade e confiabilidade às atividades contábeis como um todo -, os Contadores viram-se diante da necessidade de se atualizar e nivelar seus conhecimentos para acompanhar a evolução da tecnologia.

Hoje

É evidente que a área contábil está diante de uma nova fase – que saiu do puramente técnico para a total informatização. Hoje, o profissional contábil tem a obrigação de propiciar aos seus clientes base para assumir decisões estratégicas. Cabe a ele preparar relatórios que apontem diretrizes para o melhor desempenho do negócio, minimizando riscos e mostrando tendências e oportunidades. Tornou-se o Contador um consultor de negócios.

Tal evolução está provocando muitas alterações na profissão. Inclusive, nesta seara, destacamos os desafios trazidos pela norma Noclar – Responding to Non-Compliance with Laws and Regulations (Resposta ao Descumprimento de Leis e Regulamentos), do International Ethics Standards Board for Accountants – Iesba.

Na prática, a Noclar determina que os profissionais da Contabilidade informem aos órgãos competentes todo desvio de leis ou regulamentos, inconsistências, suspeitas de ilegalidades ou inconformidades, práticas de corrupção, lavagem de dinheiro e determinação deliberada para não pagamento de impostos. Tudo isso sem incorrer em quebra de sigilo profissional.

Ou seja, de “guarda-livros” os profissionais da Contabilidade evoluíram para guardiões da ética e das boas práticas empresariais e governamentais, tornando-se agentes do desenvolvimento e ao mesmo tempo saneadores de uma sociedade mais transparente e justa.

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