Juventude conectada

Geração de trabalho e renda, e combate à violência contra os jovens

Programa de Formação de Jovens Empreendedores

juventude conectadaObjetivo

Contribuir efetivamente para o combate à violência e a mortalidade dos jovens brasileiros, com ênfase, no genocídio da população de jovens afrodescendente, por intermédio de uma política de inclusão digital, geração de trabalho e renda e formação empreendedora.

Apresentação

  • Este projeto trata-se de oferta de inclusão digital e tecnológica, com inclusão de trabalho e renda, por meio da formação empreendedora de jovens moradores de periferias das maiores cidades brasileiras, por intermédio do trabalho de propaganda e marketing da rede social e digital WiBOO.
  • A WiBOO e as empresas e organizações parceiras darão a formação e capacitação, bem como o acompanhamento ao desenvolvimento do trabalho destes jovens, de forma a assegurar que estes possam desenvolver o trabalho com ética, qualidade e dignidade, e, ainda, tendo certo a garantia dos resultados e recompensas pelo trabalho realizado.
  • Em cerca de 200 cidades brasileiras serão organizados grupos de jovens que trabalharão em equipe e coletivamente. Os jovens desenvolverão espírito de trabalho, solidariedade e organização comunitária.
  • A proposta é remunerar os jovens participantes do projeto com 20% do valor individual de venda dos produtos (voucher da WiBOO), que serão ofertados por intermédio do sistema de consignação.
  • A ideia principal é proporcionar a qualificação para os jovens, dando a eles a oportunidade para que possam abrir suas próprias empresas e desenvolver seus próprios negócios, formando assim uma nova geração de jovens afroempreendedores.
  • Além da oportunidade financeira com o trabalho de venda e distribuição dos produtos WIBOO, serão ofertados aos jovens cursos, oficinas e intercâmbios de formação e capacitação empreendedora, de forma a potencializar e fomentar a abertura e desenvolvimento de suas empresas, sonhos, projetos e negócios

Justificativa

A cada nova divulgação dos dados sobre homicídios no Brasil a mesma informação é dada: morrem por homicídio, proporcionalmente, mais jovens negros do que jovens brancos no país. Além disso, vem se confirmando que a tendência é um crescimento desta desigualdade nas mortes por homicídios.

justificativaSegundo o especialista em análise política pela UNB (Universidade de Brasília) e mestrando em sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSC), Paulo Ramos, o diagnóstico produzido pelo Governo Federal apresentado ao Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) – com dados recolhidos pelo DataSUS/Ministério da Saúde e do Mapa da Violência 2011 – mostra vetores importantes desta realidade, para além dos socioeconômicos: a condição geracional e a condição racial dos vitimizados. Em 2010, morreram no Brasil 49.932 pessoas vítimas de homicídio, ou seja, 26,2 a cada 100 mil habitantes. 70,6% das vítimas eram negras. Neste mesmo ano, 26.854 jovens entre 15 e 29 foram vítimas de homicídio, ou seja, 53,5% do total; 74,6% dos jovens assassinados eram negros e 91,3% das vítimas de homicídio eram do sexo masculino. A diferença entre jovens brancos e negros salta de 4.807 para 12.190 homicídios, entre 2000 e 2009.

Segundo o diretor-executivo da base brasileira da Anistia Internacional, Atila Roque, 56 mil pessoas foram assassinadas em solo brasileiro em 2012. Neste mesmo ano, os jovens foram vítimas de 30 mil assassinatos; do
total de mortes, 77% eram negros, o que denuncia um genocídio silenciado de jovens afrodescendentes.

Conforme dados da Anistia Internacional, no período entre 2004 e 2007 matou-se mais no Brasil do que nas doze maiores zonas de guerra do mundo: 192 mil brasileiros foram mortos, contra 170 mil espalhados em países como Iraque, Sudão e Afeganistão. Ao refletir sobre esse levantamento, Atila Roque afirmou que os números surpreendem e são reflexos de uma cultura de violência marcada pelo desejo de vingar a sociedade.

Para o diretor-executivo da Anistia Internacional, os índices são resultado de uma política de criminalização da pobreza e de uma indiferença da sociedade em torno de um “genocídio silenciado” que muitas vezes fica impune.

Apenas entre 5 e 8% dos homicídios no Brasil chegam a virar processo criminal. Além disso, Atila Roque afirma que o racismo introjetado nos profissionais de segurança pública explica a alta mortandade da população negra. Para Roque, esses policiais são vítimas do mesmo preconceito que reproduzem, pois a sociedade que constrói uma visão estereotipada sobre sua população, em particular a jovem negra de periferia, vê o policial como parte desses cidadãos
de segunda classe.

O tema do genocídio da juventude negra entrou na cena pública, quando, em 2007, o Fórum Nacional da Juventude Negra – FONAJUNE lançou a campanha nacional “Contra o Genocídio da Juventude Negra”. Em 2008, foi realizada a 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude (CNPPJ) e a proposta mais votada foi a indicada pela juventude negra que tematizava justamente os homicídios de jovens negros.

Juventude negraDepois de passar pelo CONJUVE, o tema foi absorvido pelo Executivo, no final de 2010, através da Secretaria de Políticas de Igualdade Racial (SEPPIR), com a realização de uma oficina chamada “Combate à mortalidade da juventude negra”. A pauta foi reincorporada em 2011 pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), ligada à Secretaria Geral da Presidência da República – SG/PR. A SNJ sugeriu que o Fórum ‘Direitos e Cidadania’ (coordenado pela SG/PR), que reúne os principais ministérios ligados ao tema, tomasse para si a questão. A criação de uma Sala de Situação da Juventude Negra dentro do Fórum desencadeou-se uma agenda nos moldes participativos para o desenvolvimento de propostas que agissem pela redução da violência contra a juventude negra. Afinal, a pauta teve início a partir de uma Conferência, isto é, com a participação social, e passa a ser discutida pelo Conjuve. Depois, quando chega ao executivo, mantém este formato de discussão.

A violência contra os jovens negros como um problema bem complexo a ser enfrentado, pois existe uma dissonância entre elementos fundamentais para o êxito de uma ação que vise combater os homicídios de jovens negros. Segundo Paulo Ramos, quando há orçamento para as políticas de enfrentamento à violência, não há reconhecimento de diferenças; quando o projeto aborda a juventude negra, não há recursos. E quando há reconhecimento com recursos, não existe foco nos jovens mais vulneráveis.

Assim, esta agenda deve ser trabalhada pelo poder público a partir de duas concepções distintas de políticas públicas e a partir de uma noção convergente de direitos, pois o direito à vida de certa juventude (a juventude negra) e elaborada a partir do reconhecimento de diferenças. Mas que o Estado Brasileiro através de seus quadros burocráticos, muitas vezes reluta em fazê-lo.

Para Paulo Ramos, é necessário ultrapassar uma barreira que muito se vê Brasil a fora: deve-se fincar as ações de promoção de direitos e tratar o seu público “alvo” desta vez como sujeito de direitos e não como “jovens problemas”. Isso é uma tendência que os setores organizados da sociedade civil vêm defendendo, há anos, e que agora devem chegar às políticas que ligam juventude à violência. Do que decorrerá outro ponto inovador: os jovens são tratados com vítimas e não mais como os vitimizadores.

Público alvo

Jovens, homens e mulheres entre 18 a 25 anos de idade.

Local de Desenvolvimento

Todo território nacional, com prioridade para as periferias das 200 maiores cidades brasileiras.

Prazos de desenvolvimento

A primeira etapa deste projeto terá três anos de duração e poderá ser reeditado indefinidamente segundo vontade e desejo das partes parceiras.

Metodologia

  • Mobilizar e organizar um grupo de aproximadamente 100 jovens desempregados, preferencialmente advindos
    de famílias de baixa renda, para serem preparados e qualificados para a venda e distribuição dos produtos e serviços da Rede WiBOO em cada cidade onde o Projeto será desenvolvido;
  • Desenvolver parcerias com Prefeituras, Governos Estaduais, Secretarias de Juventude ou de Direitos Humanos, entidades e organizações não governamentais que buscam combater a morte e violência contra jovens e adolescentes;
  • Articular este projeto, com o apoio e o incentivo ao estudo e a fuga da violência e das drogas;
  • Fazer parceria com empresas tecnológicas para garantir acesso a computadores, notebooks, tabletes ou smartphones, que possibilitem o desenvolvimento do trabalho proposto e a inclusão digital destes jovens;
  • Desenvolver atividades recreativas e culturais que possibilitem maiores condições de desenvolvimento e integração social destes jovens;
  • Dar acompanhamento psicossocial e profissional a estes jovens.
  • Garantir a participação de homens e mulheres. Ter a participação de ao menos 50% de jovens (homens
    e mulheres) negros, pretos e pardos, segundo conceito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
  • Oferecer Cursos, Oficinas, Intercâmbios de Capacitação e Qualificação Empreendedora, dentro da Metodologia da REAFRO e do Projeto Brasil Afroempreendedor (parceria IAB/CEABRA/SEBRAE).

Metas e Resultados Esperados

  • No Primeiro ano (2016) de desenvolvimento atenderemos a 50 grupos (multiplicadores) de 100 jovens em cada Cidade (Município Alvo).
  • No segundo ano (2017) o Projeto deverá estar implantado nas 100 maiores cidades do país e;
  • No Terceiro ano (2018), o Projeto deverá estar implantado nas 200 maiores cidades do país;
  • Data da finalização do projeto: dezembro de 2018

Parcerias

Este é um Projeto de Parceria do Instituto Adolpho Bauer, com a WIBOO, Rede Brasil Afroempreendedor (REAFRO) e importantes organizações Sociais Brasileiras como Prefeituras, Governo, Secretária Nacional da Juventude, Black Page Brazil, Coordenação Nacional das Entidades Negras (CONEN), entre outras.

Wiboo

A WiBOO é uma Rede Social brasileira intuitiva, informativa e bonificável. A WiBOO oferece soluções acessíveis e de alto impacto de marketing digital para as micro e pequenas empresas. As empresas além de estabelecer suas marcas e divulgar os seus produtos e serviços vão poder vendê-los via um sistema de e-commerce sofisticado, utilizando cupons de desconto e uma moeda virtual chamada Social Coin / WiBOO Coin.

O acesso da rede social WiBOO vai ser totalmente gratuito para os usuários, porem o espaço publicitário e o serviço de e-commerce vão ser comercializados com a ajuda de uma rede de distribuidores renumerados no modelo de Network Marketing incluindo comissões de venda direta, bônus residual, um programa cooperativo de expansão e um plano de carreira.

Adquirida pelo Intelligence Group Consulting (IGC), a WiBOO é a nova Rede Social brasileira com a missão de reunir amigos e conectar produtos e serviços, agregando valores através de um inteligente e completo ecossistema de negócios.

Mesmo antes de seu lançamento oficial a WiBOO já está associada a ABRANET (Associação Brasileira de Internet) e ABComm (Associação Brasileira de Comercio Eletrônico), reconhecimento que garante a idoneidade e seriedade da empresa.

O IGC é sediado em São Jose dos Campos, especializada em consultoria, pesquisa, educação, análise e apoio para o Mercado de Vendas Diretas.

Com foco na atração das Micro e Pequenas Empresas, a WiBOO inovará no mercado, introduzindo em um mesmo ambiente tecnologia, entretenimento e comércio, capaz de fomentar um mercado interno de consumo.

Instituto Adolpho Bauer

O Instituto Adolpho Bauer é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, com sede na cidade de Curitiba (Paraná) e com perspectiva de atuação em todo território nacional. O Instituto foi criado a partir de iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores Plásticos e Químicos do Paraná, com apoio da FETIEP – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Paraná.

O Instituto IAB tem seu foco no Desenvolvimento Territorial Sustentável e no desenvolvimento de projetos educacionais que visem a melhoria da qualidade de vida e a busca da sustentabilidade humana, econômica, social, e ambiental, com igualdade de direitos e deveres para todos e todas. Também atua no combate às desigualdades e todas as formas de violências e discriminações, além promover a igualdade social, de classe e de gênero, ações que fazem parte dos princípios e objetivos estratégicos do Instituto.

Reafro

A Rede Brasil Afroempreendedor (Reafro) – uma associação nacional de direito privado, sem fins lucrativos, de apoio e fomento ao afroempreendedorismo – foi fundada em14 de dezembro de 2015, no auditório do Hotel Holiday Inn, em São Paulo. Como fazia parte de um dos principais eixos estratégicos do Projeto Brasil Afroempreendedor (Reafro) e se constituía como uma ferramenta para organização e fortalecimento do afroempreendedorismo no Brasil, a Reafro foi discutida nos 11 Estados que compõem o Projeto Brasil Afroempreendedor (PBAE).

A REAFRO tem por objetivo organizar, fomentar afro-negócios, ampliar a produção e a qualificação dos afroempreendedores.

Seus principais objetivos são: promover o desenvolvimento social e econômico dos micro e pequenos afroempreendedores, bem como dos MEI’s; apoiar as iniciativas empreendedoras e o fomento da atividade empresarial; fortalecer as atividades empresariais, inovações tecnológicas, a gestão empresarial, o planejamento estratégico e os planos de negócios; apoiar as iniciativas produtivas, formativas e de qualificação, com ênfase na juventude negra brasileira e, entre outros, assegurar iniciativas no âmbito nacional e internacional para o fortalecimento do afroempreendedorismo.

Investimentos

O Projeto será custeado pelo desenvolvimento da ação comercial da WiBOO , com as empresas anunciantes e participantes de sua rede econômica e de E-Commerce.

Concepção e Coordenação
Adilton José de Paula

Referências e contatos
Instituto IAB: Adilton de Paula
adilton@institutoiab.org.br | (41) 9812 8733

WiBOO: Pedro Alexandre Santos|
alexandre@universoigc.com | alexandre@wiboo.com.br | (12) 99171 8555

Reafro: Ruth Pinheiro
ruthpinheiro@gmail.com | (21) 97614 1240

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Um comentário, add yours.

Samuel Almeida Barreto

Violência contra os jovens? Se são eles que criam à violência!”

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