Preços globais dos alimentos caem pelo quinto mês consecutivo

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO divulgou no último dia 11 de setembro que os preços globais dos alimentos caíram em 3,6% de julho para agosto de 2014. Os valores vêm diminuindo por cinco meses consecutivos e são os mais baixos desde setembro de 2010. 

De acordo com a FAO, os laticínios atingiram 200,8 pontos e apresentaram o recuo mais significativo – 11,2% entre os meses de julho e agosto-, o que representa queda total de 18,9% em comparação aos números de agosto do ano passado.

O grande motivo para a redução destes preços foi a abundância da produção destinada à exportação em face à queda da demanda de alimentos para importação. A China – maior importador do mundo – desacelerou a compra de leite em pó integral e a Rússia proibiu a aquisição de laticínios vindos de diversos países, fatores que contribuíram para as incertezas que circundam o mercado atual.

A FAO registra mensalmente as variações nos preços dos alimentos em escala global, usando como parâmetro uma cesta composta por carne, laticínios, cereais, açúcar e óleos e gorduras. Todos esses commodities apresentaram queda significativa, com exceção da carne. Os óleos vegetais baixaram em 8% no último mês, o açúcar em 5,7% e os cereais em 1,5%.

O arroz, porém, não acompanhou a retração dos preços. Fatores como o aumento da demanda de importação, condições climáticas desfavoráveis na Ásia e a diminuição dos estoques da Tailândia influenciaram na elevação do seu custo. O economista da FAO, Concepción Calpe, explicou ainda que a alta concentração dos estoques de arroz em um número limitado de países permite a essas nações decidir se os suprimentos do grão vão flutuar no mercado ou não.

A FAO publicou no mesmo dia as previsões de aumento da produção de cereais para 2014. A expectativa agora é que sejam produzidas 716,5 milhões de toneladas de trigo. Argentina, Brasil, China, União Europeia, Índia e Rússia já vêm contribuindo na elevação produtiva do cereal, contrabalanceando os declínios da Austrália, dos Estados Unidos e, principalmente, do Canadá.

 

Compartilhe!

Deixe o seu comentário, queremos ouvir você