Outubro Rosa: Câncer de mama é mais agressivo em mulheres negras no Brasil
Para as mulheres negras trabalhadoras, que equilibram a rotina intensa entre o emprego e a atenção à família, o autocuidado é um desafio. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as mulheres negras têm mais chances de desenvolver câncer de mama em estágios mais agressivos, apresentando uma mortalidade 67% maior em comparação a mulheres brancas.
Isso ocorre, em grande parte, pela sobrecarga de responsabilidades que elas enfrentam diariamente e pela dificuldade em acessar exames preventivos, como a mamografia. Dados do Ministério da Saúde mostram que 59% das mulheres negras com câncer de mama são diagnosticadas em estágios mais graves, o que reflete a dificuldade de acesso a exames e pode tornar o tratamento mais difícil e menos eficaz.
Incorporar o autocuidado no dia a dia é também uma forma de cuidar do outro, de garantir sua presença, com saúde, na vida de quem importa. Além do autoexame regular das mamas, a mamografia é indicada a partir dos 40 anos, especialmente para mulheres com histórico familiar da doença. O toque das mamas é simples e pode ser feito em casa, mas é importante que as mulheres busquem também os exames clínicos, já que o autoexame não substitui a mamografia na detecção de tumores muito pequenos, imperceptíveis ao toque.
Passo a passo para realizar o autoexame
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- Em frente ao espelho: observe suas mamas com os braços abaixados e depois levantados, procurando alterações no formato, cor ou textura.
- Em pé: com uma das mãos atrás da cabeça, use a outra para apalpar a mama oposta em movimentos circulares, cobrindo toda a área, incluindo axilas.
- Deitada: repita o movimento circular enquanto apalpa suavemente as mamas.
Atenção: se notar nódulos, secreção ou mudanças, procure um médico.