Roda de conversa Rio de Janeiro

Afroempreendedores do Rio de Janeiro debatem ações do Projeto Brasil Afroempreendedor

O Projeto Brasil Afroempreendedor (PBAE) é realizado em 11 capitais nacionais e é fruto de uma iniciativa da sociedade civil – por intermédio do Instituto Adolpho Bauer (IAB-Curitiba) e do Coletivo de Empresários e Empreendedores Afro-brasileiros (Ceabra – São Paulo) – em parceria com o Sebrae nacional. Nos próximos dias 01, 02 e 03 de setembro de 2015, o coordenador institucional do PBAE, Adilton de Paula, visita um grupo de 100 afroempreendedores no Rio de Janeiro com o objetivo de fortalecer o ambiente de desenvolvimento do projeto naquele estado. O coordenador do PBAE também visitará empresas e negócios de afroempreendedores cariocas e se reunirá com gestores públicos e representantes de entidades parceiras e de movimentos sociais.

O Projeto Brasil Afroempreendedor (PBAE) visa fortalecer o desenvolvimento das pequenas e micro empresas brasileiras com ênfase nas empresas e negócios de propriedade de afro-brasileiros. De acordo com pesquisa do Sebrae divulgada em setembro de 2013, com recorte de raça/cor, 30% dos empreendedores negros e negras estão no sudeste do País. Deste total, 7% são do Rio de Janeiro, o que equivale a mais de 800 mil Afroempreendedores brasileiros. Os ramos de atividades dos passam pelo mercado da moda, beleza, cultura, alimentação e setores de tecnologia de ponta e de comunicação, fazendo do Rio de Janeiro um dos estados com maior incidência e força dos negócios empreendidos por negros e negras.

Segundo o coordenador nacional do PBAE e especialista em especialista Planejamento e Gestão Estratégica, como Foco em Desenvolvimento Humano e Sustentável, Adilton de Paula, este é um projeto fundamental não apenas para os cariocas, mas para a sociedade brasileira, pois contribui para promoção da equidade e justiça social. “Além de combater as duras e amargas estruturas racistas da sociedade brasileira, promove o desenvolvimento da igualdade racial, num processo firme e sério de geração de trabalho e renda a partir do fortalecimento das pequenas e micro empresas brasileiras administradas por negros e negras. Promover e apoiar o desenvolvimento e fortalecimento do afroempreendedorismo é promover o avanço e o desenvolvimento da economia e da sociedade brasileira como um todo. Apoiar o afroempreendedorismo é apoiar o Brasil”, destaca Adilton, que também é coordenador geral do Instituto Adolpho Bauer.

Para de Paula, o projeto é uma iniciativa inédita no Brasil e vai fortalecer os mais de 11 milhões de afroempreendedores brasileiros, trazendo a eles o acesso à tecnologia, capacitação e formação empresarial, recursos e financiamentos. “Este é um projeto piloto que está sendo desenvolvido em 11 estados brasileiros e envolve hoje a qualificação de mais de mil afroempreendedores/as brasileiros”, pontua.

Seminário Nacional

O coordenador executivo do PBAE também estará no Rio de Janeiro para convidar os empresários e micro empresários afro-brasileiros cariocas para o “Seminário Nacional: Brasil Afroempreendedor”, que está previsto para acontecer no dia 27 de novembro, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O evento contará com a presença de alguns dos 1.200 afroempreendedores que fazem parte do projeto e tem por objetivo dar visibilidade às micro e pequenas empresas administradas por negros e negras, fomentar o empreendedorismo e contribuir para a construção da Rede Nacional de Micro e Pequenos Empresários e Empreendedores Individuais Afro-Brasileiros.

Pesquisa Perfil dos Afroempreendedores

Além da capacitação e formação de microempreendedores individuais, micro e pequenos empresários afro-brasileiros, o Projeto Brasil Afroempreendedor também está conduzindo a Pesquisa “Perfil dos Afroempreendedores Brasileiros”, que já foi respondida por empreendedores dos 11 estados onde o PBAE está sendo realizado.

O objetivo da pesquisa é conhecer em detalhes as características dos afroempreendedores e de seus negócios. “Queremos estendê-la para todos os afroempreendedores do Brasil, cadastrado ou não ao projeto. Por isso, para facilitar o acesso a todos, disponibilizamos o conteúdo do questionário em nosso site. Conhecendo o nosso público, podemos construir melhor as estratégias e ampliar a participação desse segmento, que é fundamental para o desenvolvimento do nosso país”, finaliza Adilton.

Os dados pessoais dos afroempreendedores são restritos aos realizadores do projeto. Os resultados da pesquisa serão divulgados no site do Instituto Adolpho Bauer. Clique no link para participar: Pesquisa PBAE

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